sábado, dezembro 26, 2009

É nessas horas que eu queria que meu par de asas voassem,


Tem hora que só vivendo pra saber.
Tem hora que só calando pra ouvir.
Tem hora que só perdendo pra ganhar.
E eu não falo do poker, da bebida, da música somente...
Falo do que passa pelas entrelinhas e que mesmo não vendo, você percebe,
De maneira institivamente infantil, o quanto é precioso segurar o choro,
Levantar a cabeça e continuar olhando firme, com quem diz que 'nem doeu'.
É nessas horas que eu queria que meu par de asas voassem,
Que meu silêncio não falasse, covarde;
Que minha coragem não recuasse, maldade;
Que meus olhos não molhassem, verdade.
E que eu não me arrependesse de tudo, vontade.
Mesmo sabendo que tudo não passa de um soluço engasgado, prestes a ser engolido,
Vaidade.

2 comentários:

Café no sangue cura. disse...

É nessas horas que eu preciso que meus olhos sintam melhor a poesia em voce. Que lindo ler isso aqui. Realmente e verdadeiramente, muito bom.

Beijos, Anne.
:**

Sylvio de Alencar. disse...

Nos soluços estão os mistérios que valem a pena. Não temos que, nescessáriamente, engolí-los.
Gostoso te ler.