quarta-feira, dezembro 30, 2009

Um conto, eu conto.


A quanto tempo não me chegava aos olhos uma surpresa terna?
Nossa, aquele convite, aquele sorriso, aquele cheiro!
Era irresistível! Igual a minha curiosidade latente perante aquele poço de mistério.
Sabem o que dizem? Que quanto mais se tem, mais se quer, e é verdade, eu quero mais.
Mais daquela conversinha, daqueles assuntos, daquelas risadas, daquilo tudo que de tão distante,
chegava parecer mentira.
Tudo proibido. Depois daquela noite cheia de muitos goles, risadas altas e passos largos, corri para onde sabia que poderia encontrar o final de noite mais gostoso da vida. De longe, olhando.
Meus olhos presos aquilo tudo que eu queria sentir. Queria mesmo, naquela noite não precisava esconder. Parecia teatro. Eu não era eu e você não era você, éramos outros, outras e tudo numa simbiose louca que só terminava quando não aguentavamos mais nem um suspiro. Ai, foi bom.
Tudo com muito respeito, os impulsos regidos pelo desejo de estar ali e nada mais.
Depois, uma cerveja gelada pra acalmar os ânimos, um sorriso abafado e a certeza de que tudo valeu a pena.
Que pena!
Acordei num pular tombante. Respiração ofegante. Cheiro delirante...
Ah, era o cheiro do café que vinha da cozinha pela manhã. Foi um sonho, foi um sonho!
Mas foi bom, desse jeito não vem a dor na consciência,
Vai mantendo a aparência,
Ai, mas que merda!
Paciência!
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Nada a declarar hoje, eu ouço as estórias e as reproduzo!
E um beijo!

sábado, dezembro 26, 2009

É nessas horas que eu queria que meu par de asas voassem,


Tem hora que só vivendo pra saber.
Tem hora que só calando pra ouvir.
Tem hora que só perdendo pra ganhar.
E eu não falo do poker, da bebida, da música somente...
Falo do que passa pelas entrelinhas e que mesmo não vendo, você percebe,
De maneira institivamente infantil, o quanto é precioso segurar o choro,
Levantar a cabeça e continuar olhando firme, com quem diz que 'nem doeu'.
É nessas horas que eu queria que meu par de asas voassem,
Que meu silêncio não falasse, covarde;
Que minha coragem não recuasse, maldade;
Que meus olhos não molhassem, verdade.
E que eu não me arrependesse de tudo, vontade.
Mesmo sabendo que tudo não passa de um soluço engasgado, prestes a ser engolido,
Vaidade.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

De volta?


Sacodindo um pouco a poeira dos tapetes a saudade me pegou pelo braço.
Não esqueço este pedaço que de tão meu, passou a não ser.
Precisei de novos fôlegos, sai de casa e deixei tudo aberto, fiquei por perto, não esqueci.
Depois do tempo vivido, do muito tentado e sempre pouco aprendido,
Volto ao meu lar, que do amor ao sangrar sempre esteve comigo.

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De volta ao aconchego?
Quem sabe! Eu gosto mesmo é do estrago.
Das estórias alheias à minha história aqui estou eu de novo disposta.
Cheia de rima na mira.

Um beijo pra quem me fez sentir saudade!