sexta-feira, agosto 28, 2009

Flor,


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Me chama de flor,
Me planta, me colhe.
Me chama de flor,
Me cheira, me adore.
Me chama de flor,
Me leva, me escolhe.
Me chama de flor,
Me quarda, me explore .
Me chama de flor,
Me pega, me devore.
Me chama de flor,
Me esmaga, entre suas as mãos, me morre.

Tudo começou e terminou tão rápido, que nem aconteceu, nem existiu.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Oi, meu nome é pingo.


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Oi, meu nome é pingo. Sou pequeno, e posso parecer fraco, mas não se engane! Lembre-se que posso cair de muito alto, me esborrachar no chão, mas não morro.
Me refaço à todo momento.
Sou o começo e o fim da tempestade. Muitos de mim formam mares, ocenaos. Já eu sozinho, posso ser pouco, invisível.
Posso ser também o alívio escorrendo por seu rosto, o primeiro a molhar o pasto - chamado de orvalho, ou o último que cai no ralo. Contudo, o que mais importa em tudo isso, é que sou apenas um pingo. Infinito.
E você, o que é?












Nada de muito, muito de pouco.
Um quinto de século, sede de tudo, medo de quase nada.

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Post de aniversário, o meu!
Me valendo da licença poética, fiz esse texto baseado nas falas da personagem "Pingo" do espetáculo: "Imagina só..Aventura do fazer". (Que esta em cartaz, não percam!) Estrelado pela Cia. novos-novos, residente do Teatro Vila Velha, Salvador- Bahia.
*Não sei quem é o autor do texto, mas ficam aí todas as outras referências.