sábado, junho 18, 2011

Falta, sinto.


Esses dias andei dessenterrando o que estava aqui dentro. Paixões, amores, alegrias, lembranças, lágrimas, raivas...
É triste perceber que os melhores anos da vida já se foram. Nada vai ser como naquela época onde sentir frio na barriga todo dia de manhã era a coisa mais natural do mundo! E onde está o frio na barriga agora? Não está.
Cadê aquela alegria estonteante de saber que os dias eram longos e cheios de nenhuma preocupação? Ca-dê?
Trago dentro de mim a fúria da juventude. Aqui, guardada a sete chaves, rebelde, querendo sair! Mas o tempo passa e a gente vai ficando tímido. Não sabe mais dizer o que pensa, preocupado com o que os outros pensam. E isso é uma grandissima merda!
Sinto falta do que a vida era. Sinto falta das madrugadas frias, das ligações perdidas e do corpo cansado no dia seguinte. Sinto falta do cheiro forte do perfume francês, sinto falta das balas de melão, sinto falta do meu JD, dos meus planos, dos minhas paixões, dos meus amores, das minhas alegrias, das minhas lembranças, das minhas lágrimas, dos meus amigos, do que eu fui.
E do que eu ainda sou, mesmo amordaçada pelo tempo...
Sofrerei com essa juventude entalada em mim em forma de nó na garganta para sempre, creio eu. Péssima descoberta.

sábado, junho 11, 2011

inverno


Saudade, saia de dentro do meu peito imediatamente;
Isso é uma ordem expressa de quem já vive o bastante de inverno.
Seco e frio.

Mas esse coração acredita nas voltas do planeta e na força das estações.
E que venha a chuva. Ela sempre vem. Ela é que faz as flores renascerem.



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Li um post da Gabriela Cardoso aqui, tive um sonho, e escrevi.

segunda-feira, junho 06, 2011

Só quem sabe entende.


O que seria das pessoas se fossem todas regulares(?)?
Todos os dias teriam o mesmo humor, ou pior, o mesmo humor durante todo um dia.
Se todo mundo só fosse reflexo dos que outrora existiram.
Quem tivesse suas cores que as guardasse para si.
Qual mundo seria o conveniente para essas pessoas que só de mesmice e (in)satisfação viveriam mediocremente suas vidas programadas?
Sem curvas? Sem retornos? Sem quedas em buracos e fundos de poços?
Eu não queria estar nesse mundo de água morna.

Eu quero calor e frio extremos em uma só estação.
Eu quero é aperto no peito e sorriso nos lábios.
Eu quero explodir de sentir seja lá o que tenha para os hojes e amanhãs.
Ser inteira, sem (re)mediação, sem falsidade, sem hipocrisia (só quando se fizer necessário).
Não ser nada, apenas ser. Até onde eu goste de ser. E quando não gostar mais, que seja. Outro.

Eu quero continuar acreditando que as linhas tortas apontam mesmo para a direção que eu devo seguir.



Ensaio de pensamentos confusos, oníricos, hipersensíveis e acima de tudo, gratos.
Não achei a quem creditar a foto.