sexta-feira, novembro 26, 2010

O que fazer quando ela diz ter saudade?




O que fazer quando ela diz ter saudade?
Tudo bem, o tempo passou. E vocês, como ficaram? Não ficaram. A barreira da distância não permitiu nenhum contato além dos feitos através da memória. Ah! Quanta saudade!
Se tudo que ela quisesse fosse realizado, ele estaria em primeiro lugar, de novo, como ela gostaria que fosse.
Ela o quereria como no passado, a tocando fundo, até a alma. Mas o que te impede de segui-lo, perguntam-na(...) Ela cala! Ela sabe que ele não a pertence e sofre calada, dizendo não saber. Ela não queria mesmo saber!
Preferia o tempo da dúvida, a poesia escondida no caderno, dos calafrios na espinha quando imaginava as mãos enormes deslizando pelo corpo dela.
Disso sim ela gozava.
Outras tentativas de ser feliz foram buscadas por ela, mas aquela, do passado, ela não vai esquecer nunca. Nem se quisesse.
Tem dia que a correria do dia-pós-dia a deixa menos nostalgica, ela até abre um sorriso e se exibe em frente às câmeras oculares de outras pessoas porém, isso não dura muito tempo. É tudo atemporal. Vai e volta como as línguas num beijo forte e desejado. Ela se lava.
Sente falta até dos pequenos detalhes, da entriga e da birra na cozinha. Da língua veroz subindo pelo corpo mignon, do cabelo enrsocado nas mãos e de todas as coisas que podem ter acontecido, mesmo que só pensamento dela. Leite e pão são o alimento da memória, da família que não é dela mas que carrega consigo como se fosse.
Mas agora não há nada só a saudade. E o inconformismo que até sai em forma de água, pelos olhos.
Estaria ela pecando ao sentir tudo isso?
...

Mas, o que fazer quando ela diz ter saudade?
Eu fecho os olhos do pensamento para não ver.